Uma imagem vale mais que mil palavras
Motivar as pessoas a apreciar a estatística é uma tarefa, no
mínimo, desafiante. A palavra estatística provoca reações diferentes nas
pessoas...
Os
gráficos são ferramentas de análise e muitas vezes eles representam resultados
das análises dos dados, dando suporte às
explicações e conclusões de um experimento.
Lembrando
sempre que uma imagem vale mais de mil palavras... e a história confirma isso: uso
esse exemplo como introdução às
análises chamadas de “multi vari”, aquelas que os gráficos nos dão “insights”
de caminhos a serem trilhados para entender um processo.
Então vamos ao exemplo:
How was Florence Nightingale influential
in the practice of statistics?
Florence Nightingale, uma enfermeira inglesa, resolveu usar
estatística sobre a morte de soldados para pintar um retrato da situação.
Acontecia a Guerra da Criméia, no mar Negro, entre 1853 e 1856. Era um conflito
sangrento entre a Rússia e uma coligação formada por Inglaterra, França e
Império Otomano.
Esse
desenho (gráfico) feito por Florence revelou
que a maioria dos soldados morria nos leitos de hospitais, e não nos campos de
batalha. Eram 10 vezes mais mortes causadas por tifo, cólera e disenteria do
que por ferimentos de batalha. Essas mortes eram ocasionadas pela falta de ar
fresco, luz e higiene nos hospitais, que provocavam milhares de mortes
desnecessárias. Esses números e o seu diagrama mostraram uma situação tão
dramática que o governo inglês resolveu melhorar as condições sanitárias dos
hospitais militares.
Esse diagrama possui 3
categorias: azul para mortes infecciosas evitáveis; em vermelho,ferimentos de
batalhas; em preto, demais causas.
Com
esse desenho a
enfermeira conseguiu investimentos para as melhorias necessárias, e isso
reduziu a mortalidade de soldados de 42% para 2,2%. Esse fato causou uma
revolução nos hospitais do mundo todo.
Nos
projetos de melhoria de processo usando a Metodologia Seis Sigma utilizamos o
ciclo do “DMAIC” (Definir – medir – analizar – implementar – controlar).
Iniciamos
o projeto analisando o “as is” do processo escolhido, no primeiro
passo, o “D” do “DMAIC”, olhando a capabilidade (distribuição em relação ao
especificado) e as suas variações (boxplots, runcharts, cartas de
controle, etc.).
Esses
gráficos “desenham” nosso processo e nos auxiliam na tomada das primeiras
decisões, na definição do escopo e principalmente, na escolha do indicador
desse projeto.
A
metodologia nos disponibiliza muitas opções, e devemos escolher sempre aquelas que mostrem o que
queremos trabalhar, sempre da maneira fácil de entender... como fez a
enfermeira Florence. Para fechar nossa conversa hoje, mais um exemplo de gráficos que mudaram nossa forma de ver o mundo:
Sim,
o mapa do “Google”, que revolucionou a maneira como nos deslocamos de um ponto
“A para um ponto B”, é um gráfico interativo que visualiza a melhor
rota entre dois endereços e fornece direções passo a passo. Sendo assim, é
um exemplo de visualização usada todos os dias, por milhões de pessoas no
mundo... e tente sair de casa sem ele!!!
Até
a próxima semana, um abraço.
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